domingo, 24 de março de 2013

O apoio do Instituto Estadual de Florestas The support of Instituto Estadual de Florestas ( State Forestry Institute)

Quando resolvemos tomar conta da roça de longe ( O meu irmão Álvaro, a minha irmã Feranda e a minha mãe Ilza já haviam tomado conta de perto) não tínhamos um projeto pensado. Mas a  falta de novas árvores nos incomodava e nós sabiámos que queríamos planta-las. Queríamos recuperar as matas ciliares, fechar uma área de reserva de mata nativa, mas não sabíamos por onde começar. E foi ai que descobrimos que o Instituto Estadual de Florestas estava abrindo um projeto de incentivo a recuperação que poderia me ajudar.
Procuramos imediatamente o I.E.F. de Belo Horizonte e com eles descobrimos que minha região era comandada pela sucursal de Arcos. Falamos com Arcos e lá encontramos a engenheira florestal Yustane Leirissa Veiga, que com muita paciência e carinho nos orientou sobre a legislação que  desconhecíamos e que depois de uma visita a roça, conseguiu o apoio e esta orientando todo processo. Este apoio e orientação foram fundamentais e o primeiro passo. Yustane nos ajudou a escolher a área que deveria ser a reserva legal e nos aconselhou a fazer uma recuperação expontânea neste lugar. Nas margens do Cerradão, ela orientou o plantio de mudas nativas, já que esta era uma antiga área de pastagem. O Instituto Estadual de Florestas me deu os mourões, o arame e as 5.000 mudas que plantamos na fazenda. E foi com esta ajuda, que este sonho virou projeto e agora, depois de 3 anos do início deste plantio, com as árvores crescendo devagarinho, assistimos a volta de muitas espécies de passarinho, do Tamanduá Bandeira, das Siriemas e de muitas aves que a muito tempo não apareciam por lá. A recuperação não está pronta, mas já ganhamos parte considerável da batalha. E já começamos a pensar em uma nova etapa. Coloco abaixo fotos do viveiro onde buscamos as madeiras e as mudas e um pouco do muito que o Instituto está nos ajudando a recuperar.

Viveiro do IEF em Arcos - MG

Madeira fornecida pelo IEF para o Projeto Cerradão

Primeira estaca da reserva de mata nativa

Primeira muda plantada


A reserva já cercada

A cerca nas matas ciliares do córrego cerradão
Os mourões da cerca espalhados pela fazenda

2 comentários:

  1. Bom dia Pessoal!

    Antes de mais nada, meus parabéns pelo engajamento em prol da defesa e recuperação de nosso tão sofrido cerrado.
    Pelo que pude perceber, são de Dores do Indaiá, belíssima terra que amo de coração, pois considero DI como minha segunda terra natal. Sou casado com uma dorense e passo todos os meus feriádos e férias nesta terra que segue colmamente seu curso, preservando forte tradições como Reinado, São Sebastião Semana Santa,as conversas nos alpendres, Expodores, suas quitantas, celeiro de artistas....
    Gostaria de conhecer de perto o trabalho de vocês e de me colocar a disposição do projeto como "Dorense de coração" e também toda a minha bagagem profissional para contribuir com o que estiver ao meu alcançe.
    Dôres sofreu muito no passado com a pecuária extensiva e praticada sem critérios e acho que estamos em tempo de salvá-la.

    Um abraço a todos(as)!

    ATT.

    Sotero Greco
    Coordenador de Pesquisa e Proteção à Biodiversidade do Regional Centro-Oeste-IEF
    Divinópolis-MG
    (37)9986-8265 e 3229-2829

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro Sotero,
      Você não imagina a alegria que ficamos com o seu comentário! Um dorense de coração e tradição, dentro da instituição que nos apoiou no nosso primeiro passo anima muito a gente! Como você sabe tão bem, a recuperação nas matas de transição e cerrado é um trabalho de paciência que leva uma vida inteira. E apesar de alguns anos, nossa estrada está só começando...as transformações são tão pequenas que só os fieis observadores podem perceber, mas já estamos usufruindo destas pequenas mudanças.
      Ficamos muito honrados com sua disponibilidade em ajudar. Como somos 5 irmãos, temos sonhos próprios, sonhos em comum e muitas dúvidas. Estamos precisando muito de um interlocutor com conhecimento técnico e local para opinar sobre os próximos passos e o todo. Será uma alegria poder lhe apresentar a roça e o projeto com café, bolo de fubá e pão de queijo. Você está planejando ir a Dores em julho? Estamos espalhados entre Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, mas todo julho e janeiro voltamos para lá. Caso você possa ir a Dores, vamos adorar te encontrar! No próximo fim de semana, meu irmão Alvaro Alberto de Morais estará lá. Nossa casa fica na Av. Magalhães Pinto nº 806, próximo a Igrejinha de São Sebastião.
      Aguardamos com alegria este encontro!
      Obrigada pelo seu interesse e apoio!
      Abraços e um bom dia!
      Clissia Morais
      (11) 9 9641 1740
      clissia.morais@gmail.com

      Excluir