segunda-feira, 4 de abril de 2022

Pensando o projeto depois da pandemia - Dia de Campo na Fazenda Mangalô

Em junho de 2021, descobrimos com grande entusiasmo que no município vizinho ao nosso, Abaeté , existia uma fazenda, de propriedade do engenheiro ambiental João Marcelo, com experiência em sistemas agroflorestais. Fizemos contato e fomos recebidos na Fazenda Mangalô para uma tarde de visita. A experiência com o Sistemas Agroflorestais (SAF) traz uma nova perspectiva para o fazer rural como um todo: seja na agricultura, na pecuária, na criação de animais como porcos e galinhas e na produção de leite e alimentos orgânicos. Ele pressupõe formas consorciadas de plantio , sustentabilidade ambiental, e sustentabilidade social. Em novembro de 2021, íamos nos reunir novamente para um curso de 3 dias que por motivo de força maior não pode se realizado. Foi então, em janeiro desde ano que a Fazenda Mangalô nos convidou para se inscrever no " Dia de Campo" do Projeto Rural Sustentável/Cerrado. Nesse dia ela seria apresentada como Unidade Demonstrativa . O status de unidade demonstrativa foi conquistado por meio de edital lançado pelo PSR cerrado. Esse projeto é subsidiado pelo Reino Unido e tem como missão o estudo e a implementação de sistemas agropecuários com baixa emissão de carbono e recuperação de áreas degradadas. A Unidade demonstrativa do Projeto Rural Sustentável/Cerrado tem o apoio da Embrapa para pesquisa de análise de solo dentre outras, além de propiciar uma ajuda financeira para a aquisição de insumos agrícolas de infraestrutura. Esses novos passos são a continuidade da iniciativas da Fazenda Cerradão para conhecer sistemas agroflorestais com estudos e pesquisa iniciados em 2017 com uma visita ao Sitio Semente na região do Distrito Federal.
Agroforestry systems In June 2021, we discovered with great enthusiasm that in the municipality neighboring ours, Abaeté, there was a farm, owned by environmental engineer João Marcelo, with experience in agroforestry systems. We made contact and were received at Fazenda Mangalô for an afternoon visit. The experience with the Agroforestry Systems (SAF) brings a new perspective to rural work as a whole: whether in agriculture, livestock, raising animals such as pigs and chickens and in the production of milk and organic food. It presupposes consortium forms of planting, environmental sustainability, and social sustainability. In November 2021, we were going to meet again for a 3-day course that, due to force majeure, could not take place. It was then, in January of this year that Fazenda Mangalô invited us to register for the "Field Day" of the Sustainable Rural Project/Cerrado. On that day it would be presented as a Demonstration Unit. Demonstration unit status was achieved through a public notice issued by the PSR cerrado. This project is subsidized by the United Kingdom and its mission is to study and implement low-carbon agricultural systems and the recovery of degraded areas. The Demonstration Unit of the Sustainable Rural Project/Cerrado is supported by Embrapa for soil analysis research, among others, in addition to providing financial assistance for the acquisition of agricultural inputs for infrastructure. These new steps are the continuation of Fazenda Cerradão's initiatives to learn about agroforestry systems with studies and research initiated with a visit to Sitio Semente in the Federal District region, in 2017.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Projeto Barraginha

E agora, com o João olhando e determinando as prioridades, partimos para cuidar do solo degradado do cerradão. As erosões que estão desertificando a região, serão transformadas em barragens que seguram a água sem deixar que lavem a terra, com curvas de nível e plantio de árvores. Serão 9 barraginhas do lado direito da roça e depois cuidaremos do lado esquerdo que também está pedindo cuidados. Fizemos duas neste início das águas e pretendemos terminar a Fase 1 deste projeto na próxima seca.



sábado, 11 de novembro de 2017

Bem vindo João!

Agora o projeto Cerradão está dando um novo passo sob a orientação do agrônomo agrofloresteiro João Portella. Ele é o nosso orientador rumo ao trabalho de recuperação do solo, das nascentes, do córrego e da recomposição florestal local. Vamos construir juntos o sonho de uma fazenda produtiva, com água em abundância, florestas saudáveis produzindo chuva,  árvores e alimentos. Pastagens recuperadas para a alegria das vaquinhas que nos darão leite orgânico, iogurte e o delicioso queijo mineiro. Salas de aula no campo para compartilhar e fomentar estes novos conhecimentos.
 Navegar é preciso!


terça-feira, 31 de outubro de 2017

A Bacia dos Patos

Esta foto foi um presente de Gustavo Guazzinelli para entendermos a roça no Alto São Francisco. Ela é  um pedacinho pequenino em meio a tanta terra degradada.  Cuidar do solo, conter as erosões, plantar muitos alqueires de agrofloresta é o desejo que acende, olhando esta região. Somos apenas um pedacinho disto tudo, mas um dia seremos referência e inspiração.

sexta-feira, 10 de março de 2017

A experiência no Sítio Semente pela Nina


Da série: coisas boas devem ser compartilhadas.
"Água se planta"
Em um mundo onde os agrotóxicos reinam, a monocultura predomina e o agronegócio é visto como basicamente única forma de renda poder conhecer uma vertente completamente contrária foi gratificante e enriquecedor.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Diferenças sutis.

"Na Agricultura Sintrópica cova passa a ser berço, sementes passam a ser genes, a capina é a colheita, concorrência e competição dão lugar à cooperação e ao amor incondicional e as pragas são na verdade, os agentes-de-fiscalização-do-sistema. Esses e outros termos não surgem por acaso, mas sim, derivam de uma mudança na própria forma de ver, interpretar e se relacionar com a natureza."
Cooperação e amor incondicional... são as regras da natureza. Jamais devemos nos desconectar destas.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Onde erramos.

Quando decidimos plantar nossas florestas na roça ha 8 anos atrás,  refazendo matas siliares e protegendo nascentes temporárias cometemos todos os erros do mundo. Nunca havia feito um projeto com agricultura e apesar de ter crescido na roça, parâmetros óbvios não existiam para mim. Gostaria de apontá-los aqui para sistematizar um pouco do que já aprendi e para dar um passo a frente neste empreendimento.

* Plantamos sem preparar a terra. Não fiz análise de solo. Não adubei. Apenas uma área foi arada e afofada para o plantio. Nunca havia ouvido falar sobre a placenta da terra. Nunca havia pensado na importância fundamental do solo.

* Ganhamos as mudas e isto era tudo que eu tinha. Plantei aleatoriamente seguindo uma orientação de metragem entre as plantas e entre as fileiras passadas pelo IEF. Não paramos para analisar cada espécie, a necessidade de sol, o tempo de desenvolvimento. Nunca havia pensado em um consórcio colaborativo entre elas. Desconhecia completamente os parâmetros de extratificação(necessidade de sol e luz) x ciclo (sucessão natural).

* Não manejei as áreas plantadas. Por razões financeiras e por falta de equipamento e conhecimento, deixei as árvores crecerem as custas delas mesmas. Quando o capim estava muito alto, contratava o Sílvio para capinar em volta. Capina a moda antiga, com enxada. Não havia adquirido uma roçadeira e nunca tinha visto um tratorito. Ano passado comecei a manejar alguns pontos ainda muito pequenos. Não acreditei no resultado. As plantas rejuvenesceram quando o capim começou a crescer. Tiramos a informação de velhice (do  capim braquiárias que estava ali a anos) e trouxemos a juventude de volta n'alguns pontos.O manejo é imprescindível na Agrofloresta!